O mar separo para base ser.
A espuma, branco véu do meu fazer,
Será firme cimento do impossível
E eu clamo pelo vento, o mais terrível,
Pois tetos e muralhas quero erguer.
Do tempo não almejo nada ter
Desejo o material mais perecível.
As letras são degraus de minha escada.
Idéias? Só adornos no festim.
O pensamento vaga como guarda.
Insuportável sonho é este sim
Que vive de palavras e mais nada,
Mas se há algo melhor diga pra mim.
Camila Sâmia
Postar um comentário