satirizo.
pernas pro ar, cabelos ao ar, tudo jogado
tudo sentido, sem sentido, embaralhar
enquanto a minha ira persegue
as lembranças discernem,
e não são laçadas, trançadas, enjauladas, se perdem
ecoa num balançar antigo, findo
sem limite, a dor e a falta
da sorte de não lembrar
morto. solto, no Infundo chão. Ecoa. Sem fundo.oa.oa.oa.
e ela ainda se ria quando cantava satirizando minha ira
na beira do sem fundo chão
coisa esquisita – relembrar
plasmar no seu eu – aguardar
ulular para a lua – se entregar
a memória persegue – inverte – subverte
o pensamento fugidio
destroça os tijolos, levanta as cortinas, esconde as imagens
do imaginar
filha safada da inconsciência que me deixa irado,
mas não te renego – maldita
– o que quero
é
memoriar.
Nathan Matos
Inquietação...
É isso que me causou esse poema...
É como se eu estivesse para alcançar um sentido, qualquer sentido, mas ele me escapasse ao final...