—Diga-me que é para sempre.
—Não posso dizer o que não depende de mim.
—Transborde um pouco do que sente.
—Não posso transbordar aquilo que não tem fim.
—Faça-me sentir pelo menos uma vez.
—Uma vez não basta, gostoso é não ter fim.
—Espero que saiba o que você fez.
—Não sei o que fiz, nem sei o que faço de mim.
—Abraça-me com braços e palavras.
—Palavras não servem para esse fim.
—Explica-me para que servem as palavras.
—Elas servem para esconder e revelar tudo o que há em mim.
(Luciana Braga...)
de uma sensibilidade incrível...
Érika Medeiros